Em um cenário global cada vez mais consciente, o número de pessoas que optam por dietas vegetarianas e veganas está crescendo rapidamente. Essa tendência reflete uma preocupação crescente com a saúde, o bem-estar animal e os impactos ambientais da produção de alimentos.
Embora o vegetarianismo e o veganismo ainda sejam relativamente raros entre a população em geral – nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 10% das famílias seguem dietas vegetarianas e apenas 5% são adeptas do veganismo¹ – há um aumento significativo no interesse por opções alimentares sem carne.
Mesmo aqueles que não aderiram totalmente a essas dietas preferem incluir alimentos vegetarianos ou veganos em sua rotina alimentar, em vez de substituí-los completamente. Apenas 4% dos consumidores utilizam proteínas vegetais em substituição total às proteínas animais, enquanto 30% as utilizam ocasionalmente, o que demonstra um grande potencial para aumentar a frequência de consumo².
Com essa transformação nos hábitos de consumo, as expectativas são de que a indústria alimentícia ofereça cada vez mais opções vegetarianas e veganas que atendam às exigências de sabor, nutrição e sustentabilidade.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE VEGETARIANISMO
De maneira geral, o vegetariano é alguém que não consome nenhum tipo de carne, seja bovina, frango ou frutos do mar. Entretanto, dependendo da vertente do vegetarianismo que seguem, eles podem incluir produtos de origem animal em sua dieta, como ovos, laticínios e mel. Já os veganos adotam uma alimentação mais restrita, evitando qualquer produto de origem animal.
Dentro dessa categoria, existem ainda variações de vegetarianos, cada uma com diferentes restrições alimentares:
- Ovolactovegetarianos: consomem ovos e laticínios em sua alimentação, mas
não consomem carnes, como bovina, frango, peixe e frutos do mar.
- Lactovegetarianos: consomem laticínios como leite, queijo e iogurte, mas excluem carnes, frango, peixe, frutos do mar e ovos de sua dieta.
- Ovovegetarianos: incluem ovos em sua alimentação, porém não consomem carne, frango, peixe, frutos do mar ou laticínios.
- Crudívoros: seguem uma dieta baseada em alimentos vegetais crus ou minimamente cozidos, acreditando que o cozimento diminui o valor nutricional dos alimentos.
- Frugívoros (ou frutarianos): focam sua dieta principalmente em frutas, além de algumas sementes e nozes. Evitam outros tipos de vegetais, cereais e qualquer produto de origem animal.
- Veganos: evitam consumir qualquer produto de origem animal, incluindo carnes, laticínios, mel, e rejeitam o uso de itens derivados de animais, como couro e lã. O veganismo vai além da alimentação, estendendo-se a uma preocupação ética com cosméticos e roupas que envolvam a exploração animal ou contenham ingredientes de origem animal.
OS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA ADOTAR O VEGETARIANISMO
As pessoas adotam dietas vegetarianas ou veganas por diversas razões, mas entre as principais motivações estão:
- Ética:
A adoção do vegetarianismo e veganismo é, acima de tudo, uma escolha ética. Cada vez mais pessoas estão preocupadas com o impacto ambiental da pecuária e o desperdício global de alimentos. Para produzir apenas 1 kg de proteína animal, são consumidos de 2 a 10 kg de proteína vegetal, como a soja³. Em um mundo onde 1 bilhão de pessoas passam fome, esse mal uso de recursos é inaceitável.
Outro fator relevante é o bem-estar animal. Nos Estados Unidos, 16% dos consumidores que escolhem proteínas vegetais o fazem por preocupações com o bem-estar dos animais⁴. Os animais são seres sencientes, capazes de sentir dor, prazer e felicidade. Optar pelo vegetarianismo ou veganismo é uma forma de não compactuar com a exploração, confinamento e abate de animais.
- Saúde:
Estudos científicos apontam que o consumo de carnes está <b>diretamente associado a um maior risco de desenvolver doenças crônicas e degenerativas, como diabetes, obesidade, hipertensão e alguns tipos de câncer. Em contrapartida, pesquisas mostram os benefícios à saúde ligados ao aumento do consumo de alimentos de origem vegetal e à redução de produtos de origem animal.
Essa conscientização tem levado cada vez mais pessoas a repensarem seus hábitos alimentares em busca de uma vida mais saudável. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 35% dos consumidores de proteínas vegetais o fazem para reduzir a ingestão de gorduras saturadas, enquanto 32% demonstram preocupação com os efeitos de longo prazo do consumo de carne4. A crescente taxa de obesidade no país também tem levado muitos a reconsiderar suas escolhas alimentares, com 26% optando por proteínas vegetais como estratégia para perda de peso4.
- Meio Ambiente:
De acordo com a ONU, a pecuária é o principal responsável pela erosão dos solos e contaminação dos recursos hídricos no mundo. Além disso, estima-se que cerca de 14,5% das emissões de gases de efeito estufa provenientes de atividades humanas sejam originadas desse setor³.
Grande parte do desmatamento na Amazônia, no Brasil, está diretamente ligado à produção de carne, laticínios e ovos. Alarmantemente, 97% do farelo de soja e 60% do milho produzidos globalmente não são destinados à alimentação humana, mas sim à ração para fazendas e granjas industriais, resultando em uma produção de alimentos com baixa eficiência³.
Diante disso, os consumidores estão cada vez mais exigentes quanto à transparência das marcas sobre seu impacto ambiental. No Brasil, 69% dos adultos, e na França, 66%, esperam que as marcas liderem o debate e tomem medidas efetivas em questões ambientais⁵. No entanto, em países como os EUA e o México, 2 em cada 5 adultos não confiam que as empresas sejam honestas sobre suas práticas ambientais⁵.
Compreendendo a importância de agir ativamente em prol do bem-estar das pessoas, dos animais e do meio ambiente, a Biorigin promove iniciativas para reduzir seu impacto ambiental. Neste artigo, explicamos o conceito de ciclo de carbono neutro e destacamos nossas práticas sustentáveis.
Se você está pensando em adotar uma dieta vegetariana, existem alguns movimentos que podem ajudar e incentivar nessa jornada:
- Segunda sem carne: a segunda-feira é conhecida como o dia ideal para mudanças, novas decisões e inícios de transformações. Que tal aproveitar essa oportunidade para adotar um hábito que faz bem a todos? A Campanha Segunda Sem Carne, presente em mais de 40 países, incentiva as pessoas a experimentarem novos sabores, substituindo a proteína animal pela vegetal pelo menos uma vez por semana. Criada em 2003 por Sid Lerner, fundador das campanhas “The Monday,” em parceria com o Johns Hopkins Center for a Livable Future, a Segunda Sem Carne se estabeleceu como um movimento global que promove a redução do consumo de carne, encorajando escolhas mais saudáveis para as pessoas e para o planeta.
- Veganuary (Janeiro Vegano): o movimento inspira pessoas a adotar o veganismo durante o mês de janeiro, com o ideal de prolongar essa mudança ao longo do ano. Criado em 2014, o Veganuary busca não apenas melhorar a alimentação das pessoas, mas também incentivá-las a refletir sobre suas escolhas, promovendo o respeito aos animais e a consciência sobre os impactos ambientais. Com participantes de mais de 228 países e territórios, o movimento se consolidou como o maior defensor do veganismo no mundo. De acordo com os dados do Veganuary, 85% dos participantes que não eram veganos reduziram o consumo de produtos de origem animal após aderirem ao movimento. Desses, 23% tornaram-se veganos, 43% reduziram o consumo pela metade, e 20% diminuíram em pelo menos um quarto.
COMO EVITAR CARÊNCIAS NUTRICIONAIS EM DIETAS VEGETARIANAS
Uma dieta vegetariana ou vegana bem balanceada pode ser altamente nutritiva. Entretanto, há deficiências nutricionais que mais comuns nos vegetarianos e estão relacionadas à vitamina B12, cálcio, ferro, ômega-3, vitamina D e zinco.
Para evitar carências nutricionais em dietas vegetarianas e veganas, é essencial buscar orientação de um profissional nutricionista para um planejamento cuidadoso da alimentação e, se necessário, o uso de suplementos, conforme as necessidades individuais.
Em relação às proteínas plant-based, os consumidores norte-americanos demonstram preocupações específicas: 37% deles consideram a fonte da proteína como fator decisivo na escolha, enquanto 35% avaliam o teor de proteína como aspecto importante. Além disso, 31% dos consumidores afirmam que comprariam mais proteínas vegetais se fossem mais saudáveis do que a carne, ou se tivessem um valor nutricional superior, conforme observado por 28%².
A preocupação com a ingestão adequada de proteínas em dietas à base de plantas (plant-based) é comum, mas pode ser facilmente resolvida com um planejamento alimentar adequado. Muitas pessoas acreditam que as proteínas vegetais são inferiores às de origem animal, mas, na realidade, diversos alimentos vegetais podem fornecer todos os aminoácidos essenciais que o corpo necessita, desde que sejam combinados corretamente. Isso significa que, ao longo do dia, é importante incluir uma variedade de fontes proteicas vegetais para garantir um perfil nutricional completo.
COMO A LEVEDURA ELEVA A QUALIDADE DOS ALIMENTOS À BASE DE PLANTAS
A levedura nutricional é um produto alimentar amplamente apreciado por vegetarianos e veganos devido ao seu sabor único e alto valor nutricional. Composta por células inativas de Saccharomyces cerevisiae, essa levedura é uma alternativa saudável e versátil para enriquecer refeições, adicionando nutrientes e profundidade de sabor.
Disponível em flocos ou pó, a levedura nutricional destaca-se por seu sabor neutro, que pode remeter a queijo, nozes e Umami, trazendo uma profundidade que complementa ou disfarça o gosto de proteínas mais intensas. Além de ser uma excelente fonte de proteínas e vitaminas, especialmente as do complexo B, muitas versões são enriquecidas com vitamina B12, essencial para quem adota uma dieta baseada em vegetais, e podem também ser combinadas com outros ingredientes como o extrato de levedura, preparados, aromas e minerais.
Esse ingrediente pode ser usado como tempero ou complemento em diversas preparações, como sopas, molhos e saladas, contribuindo tanto para o sabor quanto para o valor nutricional dos pratos. Além disso, a levedura nutricional é uma excelente opção para quem busca mascarar ou suavizar o sabor de carne em pratos plant-based.
Afinal, o sabor é um fator crucial para a aceitação de carnes, queijos e bebidas à base de plantas. Por exemplo, na Tailândia, 51% dos consumidores afirmam que estariam mais inclinados a consumir alternativas de carne à base de plantas se o sabor fosse semelhante ao da carne convencional⁶. Já na Alemanha, 30% dos compradores de substitutos de carne consideram características semelhantes à carne, como sabor e textura, como fatores importantes na escolha de produtos plant-based⁷. No Brasil, 37% dos consumidores dizem que consumiriam mais queijo à base de plantas se ele tivesse um sabor similar ao do queijo tradicional⁸.
Outro ponto importante para os consumidores de alimentos e bebidas à base de plantas é a redução de aditivos como sódio, açúcar, gordura e corantes.
Esses dados mostram que, para muitos consumidores, a capacidade de replicar o sabor da carne e dos laticínios é essencial para a aceitação de produtos plant-based, evidenciando a importância do sabor como um fator decisivo na adoção dessas alternativas.
Nesse contexto, a levedura se destaca como uma alternativa natural, auxiliando a indústria alimentícia a complementar o perfil nutricional de seus produtos, além de garantir um sabor irresistível e uma textura agradável.
O principal desafio da indústria de alimentos plant-based é criar produtos que imitem ingredientes de origem animal da melhor forma possível, melhorando o perfil nutricional, o sabor e a textura, além de reproduzir a funcionalidade desses ingredientes e manter rótulos claros com ingredientes de fácil compreensão.
Os ingredientes de origem natural da Biorigin são a solução ideal para produtos vegetarianos e veganos, ajudando a mascarar notas vegetais indesejáveis, realçar o sabor geral e criar notas lácteas e cremosidade.
Regiane Ghirotti, Gerente de Produto Food da Biorigin, ressalta os benefícios das soluções da Biorigin: “Independentemente das escolhas do consumidor, seja por saúde ou bem-estar, e atendendo às crescentes demandas dos consumidores vegetarianos e veganos, a Biorigin apoia a indústria de alimentos com soluções inovadoras através de ingredientes de qualidade e de origem natural. Nossas opções incluem a redução de sódio, açúcar e gordura, realce de sabor, mascaramento de notas indesejadas e entrega de notas específicas de sabor, especialmente desejadas em produtos plant-based, além de melhorias em textura e suculência. Descubra como podemos transformar seus produtos e atender às demandas do mercado!”
Conheça os nossos ingredientes:
- Bioprotein: é um extrato de levedura que contém, no mínimo, 75% de proteína de alto valor biológico. Trata-se de uma fonte proteica versátil, ideal para diversas aplicações. Esse ingrediente é perfeito para enriquecer receitas que utilizam proteínas vegetais com perfis limitados de aminoácidos essenciais, como arroz, aveia, feijão e grão-de-bico. Bioprotein desempenha um papel fundamental ao proporcionar o equilíbrio ideal de aminoácidos nas suas formulações. Para saber mais detalhes do nosso produto, leia o artigo.
- Biotaste: é uma linha à base de levedura que oferece notas de sabor específicas, atendendo às demandas culinárias do mercado atual. A linha conta com quatro soluções de sabor: carne bovina, carne de frango, carne suína e assado. Além de proporcionar sabores únicos, Biotaste confere corpo, mouthfeel e um realce natural aos alimentos. É ideal para uma ampla variedade de aplicações, como sopas, caldos, molhos, snacks, pastas, carnes, produtos veganos e substitutos de carne, ajudando a criar notas de sabor que remetem à carne nas receitas.
- Bionis: Produzido a partir de cepas selecionadas de Saccharomyces cerevisiae, Bionis é a linha versátil de extratos de levedura da Biorigin que complementa e enriquece o sabor das formulações, proporcionando corpo e mouthfeel, equilibrando e arredondando o sabor Umami natural de diversas aplicações em alimentos e bebidas.
- Goldcell: Linha versátil de leveduras. Pode ser utilizada em diversas categorias de alimentos contribuindo para o seu sabor. Alguns produtos da linha Goldcell também podem atuar como fonte de nutrientes e vitaminas para estimular o processo de fermentação de vinhos, por exemplo.
Empresas que atendem às crescentes demandas por produtos à base de plantas estarão em posição estratégica para liderar e crescer nesse mercado em rápida expansão — e a Biorigin é uma parceira essencial nesse processo.
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Há mais de 20 anos, a Biorigin utiliza seu conhecimento e experiência em biotecnologia para tirar o melhor proveito do processo de fermentação de levedura para desenvolver com seus parceiros as melhores soluções em sabor de alimentos saudáveis e práticos de forma limpa e sustentável.
Todas os ingredientes são de origem natural, sem produtos animais, Non-GMO Project Verified, com certificação de sustentabilidade pela Bonsucro e certificações Kosher e Halal. Eles podem ser usados em uma ampla gama de alimentos e bebidas. É uma solução adequada para iniciativas vegetarianas e veganas, para melhorar o sabor geral e a textura, para redução de gordura, açúcar e sódio. Para saber mais e solicitar amostra dos nossos produtos, acesse o nosso site.
Fontes:
- ¹ Cooking in America – US – 2022
- ² Plant-based Proteins – US – 2024
- ³ SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira
- 4 The Protein Report: Meat and Meat Alternatives – US – 2022
- 5 Mintel – 2024 Global Food & Drink Trends
- 6 Patent insights: alternative proteins for the future – 2023
- 7 A year of innovation in meat substitutes and eggs, 2023